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Tecno-Tenentismo e a Questão dos Indígenas (Os Povos Originários)

  • Foto do escritor: Cássio Nogueira
    Cássio Nogueira
  • 3 de dez.
  • 5 min de leitura
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Nós, os Tecno-Tenentistas, enquanto corrente político-ideológica, buscamos reinterpretar a história brasileira por meio de uma síntese de consciência histórica. Assim, propomos uma leitura particular do encontro entre portugueses e povos indígenas em 1500. Para nós, esse marco não é apenas um evento cronológico, mas um início simbólico da formação espiritual e civilizatória do Brasil.


Quando, em 22 de abril de 1500, a esquadra de Cabral avistou terras até então desconhecidas pela cristandade ocidental, não se tratava somente da ampliação de rotas marítimas. Tratava-se da conexão entre dois mundos que, embora distintos, compartilhavam capacidades humanas, curiosidade e espiritualidade. A Coroa Portuguesa  herdeira de tradições fenícias e romanas, movida pela fé e pelo projeto ultramarino abriu caminho para um contato inicial marcado não pela violência, mas pelo assombro mútuo de civilizações desconhecidas da modernidade da época . Rejeitamos, enquanto Tecno-Tenentistas, a leitura reducionista e marxista que insiste em classificar esse encontro como “invasão” ou “genocídio automático”. Além de anacrônica, essa interpretação que ignora o caráter fragmentado e diverso das sociedades indígenas. Não existia uma “nação indígena unificada”, como certos grupos ideológicos sugerem, mas sim uma multiplicidade de tribos, clãs, rivalidades, culturas distintas e diferentes níveis de desenvolvimento. Trata-se de povos que habitavam seu território, muitas vezes marcados por guerras internas e constantes migratórios. Ao avistarem os portugueses, muitos grupos especialmente os Tupinambá e outros povos Tupi-Guarani não reagiram com hostilidade nem os viram como invasores. A reação foi de espanto religioso e cultural, como se aquelas embarcações estivessem ligadas ao divino. Os portugueses, por sua vez, observaram um povo curioso, receptivo ao contato e à troca. Cocares, penas raras e objetos rituais foram oferecidos em troca de espelhos, ferramentas e adornos de metal. A relação inicial pode ser comparada à de um cientista diante de uma descoberta revolucionária: ambos os lados se encontravam diante do desconhecido. A primeira missa, celebrada por Frei Henrique de Coimbra, não foi apenas um ritual religioso; foi o marco espiritual do nascimento do Brasil como nação e pela cristandade pois o país é cristão e sempre será cristão! e esse evento inaugura não apenas a história escrita do território, mas também o espírito nacional que uniria o indígena, o europeu e, posteriormente, o africano em uma nova síntese civilizacional.

Os povos indígenas que habitavam o território antes de 1500 eram, sim, ancestrais, mas não estavam organizados em sistemas estatais complexos como incas, astecas ou maias. Viviam majoritariamente como nômades ou seminômades, ocupando vastas regiões sem noção formal de propriedade privada. Por isso, a tese de que “o Brasil foi invadido e tomado” perde sentido, pois não existia um Estado brasileiro indígena, e sim múltiplos grupos vivendo em permanente transformação e conflito. A leitura marxista, que insiste em transformar 1500 em um episódio de opressão unidirecional, falha ao ignorar o contexto civilizacional da época. Transplanta conceitos modernos de imperialismo, nacionalidade e propriedade para povos que pensavam de maneira completamente diferente. Para nós, Tecno-Tenentistas, essa interpretação não apenas é equivocada, mas prejudica o debate histórico ao impor uma moldura ideológica alheia e contra a realidade brasileira. Enquanto os portugueses se unificavam após séculos de Reconquista, integrando legados fenícios e romanos, embarcavam em uma aventura marítima movida tanto pela espiritualidade quanto pela ciência náutica. O Brasil nasce dessa convergência de mundos entre a Europa e América e não de um suposto ato unilateral de violência. A verdadeira violência, muitas vezes ignorada, residia nas guerras entre tribos rivais, nos rituais de vingança e nas disputas por território dentro da própria América.


Ao contrário do que disseminam certas correntes ideológicas, os portugueses frequentemente estabeleceram alianças, casaram-se com indígenas e criaram vínculos sociais que formariam as bases do povo brasileiro. O encontro de 1500 encerra a pré-história brasileira e inaugura o processo civilizatório que dará origem ao Brasil moderno. nós como humanos e tecno-tenentistas não negamos a importância indígena brasileira ao contrário, elevamos os povos originários como parte essencial da formação nacional, mas sem mitificá-los ou transformá-los em símbolos ideológicos artificiais. Reconhecemos suas virtudes e diversidade dentro do projeto luso-brasileiro.

E diferentemente da colonização protestante anglo-saxã, que frequentemente destruiu e isolou povos nativos, a colonização portuguesa se caracterizou pela miscigenação, pela aliança e pela adaptação cultural. Isso é central para nós, pois explica por que o Brasil é, ainda hoje, uma nação de síntese, capaz de unir diferentes origens sob um mesmo espírito civilizador dos portugueses Dentro da perspectiva Tecno-Tenentista, compreender o Brasil exige reconhecer o valor de todos os povos que contribuíram para sua formação: indígenas, europeus,africanos, árabes e do extremo oriente e Assim como afirmamos a dignidade e importância dos povos originários, reconhecemos também as trajetórias complexas dos povos africanos que muitos infelizmente  muitos dos quais foram tragicamente capturados e comercializados não apenas por potências europeias, mas também por reinos africanos organizados, como o Reino do Kongo e diversos estados costeiros que participavam ativamente do comércio de escravos pelos reinos e vendidos pela europa e trazidos pro continente americano, A realidade histórica, frequentemente omitida por narrativas ideológicas infantilizadas, mostra que o mundo pré-moderno era movido por dinâmicas políticas, econômicas e espirituais próprias, muito distantes dos julgamentos moralistas contemporâneos. O Tecno-Tenentismo rejeita simplificações que reduzem a história a uma luta entre opressores e oprimidos, pois isso transforma a complexidade humana em slogans rígidos do materialismo histórico. Valorizar os povos africanos principalmente dos Afros-Brasileiros e Indígenas significa compreender sua verdadeira história não idealizá-los como símbolos de pureza, nem reduzi-los a vítimas eternas. Todos os povos possuem glórias, tragédias, contradições e grandezas; é dessa tessitura que nasce a civilização brasileira. Por isso, nossa valorização dos povos ancestrais não se limita a discursos sentimentais e vitimistas: ela se fundamenta no reconhecimento de sua profundidade histórica e cultural. Ao contrário da postura rebelde, mimada e teimosa de certos movimentos que distorcem o passado para alimentar ressentimentos, buscamos maturidade histórica: compreender o que fomos para construir o que podemos ser em que o Brasil é fruto da união complexa entre três grandes matrizes civilizacionais. Nosso dever, como pensadores Tecno-Tenentistas, é honrar esse legado sem cair em simplificações ideológicas. O povo indígena, o povo africano e o povo europeu foram, cada qual em suas condições específicas, fundamentais para a criação da identidade espiritual, cultural e histórica do Brasil embora para nós que a escravidão por 388 anos seja um erro fatal da sociedade que tratou-se essa população por uma elite oligarca que financiavam-se esse capitalismo (embora nós tecno-tenentismo apoiamos o capitalismo como modelo econômico de governo, rejeitamos os erros fatais do sistema capitalista ao longo do tempo sem o passamento de pano apesar da maioria de quem critica o capitalismo seja majoritariamente de esquerda "algo que jamais fomos" nós como sociedade devemos questionar uma coisa é questionar um grupo como nós que fazemos parte de uma ideologia e outra é questionar a politica do que ela é dos oligarcas!)

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